Como administrar conflitos em um ambiente corporativo

Os conflitos são inevitáveis e, até mesmo necessários, na vida organizacional. Ao contrário do que muitos pensam, uma empresa com embates em sua equipe não necessariamente possui um ambiente com comportamentos tóxicos e destrutivos.

O conflito, em sua essência, é uma força que pode tanto impulsionar a inovação quanto gerar disfunções, dependendo de variáveis como intensidade, estágio, contexto e, principalmente, da forma como é administrado. Por isso, é fundamental que as lideranças reconheçam as reações mais comuns das pessoas diante de situações hostis e saibam como lidar com elas.

Em geral, o conflito pode ser encarado de duas maneiras: com assertividade ou com cooperação. A assertividade representa a busca pela expressão de sentimentos e posicionamentos individuais, enquanto a cooperação reflete o esforço para atender aos interesses da outra parte, baseando-se em necessidades e objetivos comuns.

Embora seja papel da gestão administrar conflitos interpessoais e conciliar os diversos interesses em torno dos objetivos da empresa, existem inúmeras maneiras de lidar com o gerenciamento de situações adversas ou crises. 

Vamos conhecer os principais estilos pelos quais as lideranças podem administrar os conflitos?

ESTILOS DE ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS 

Na vida profissional, os conflitos são desafios repletos de complexidades nos quais as lideranças precisam agir de maneira eficaz. Devido à diversidade de abordagens, as gestões adotam estilos distintos para gerenciá-los, moldando relações e resultados.

Vamos explorar as principais maneiras pelas quais lideranças podem abordar e administrar crises em suas equipes?

  • Competir/Impor:

“Vamos fazer do meu jeito.” Lideranças competitivas buscam impor suas posições, utilizando argumentação persuasiva e firmeza para fazer valer seus direitos. O risco deste tipo de abordagem está na intensificação do conflito, resultando em disputas e decisões baseadas em “falso consenso”, com consequências ineficazes a longo prazo.

  • Conciliar/Dividir a Diferença:

“Metade para cada um.” Já esta maneira envolve concessões mútuas, buscando chegar a um meio-termo. Lideranças conciliadoras priorizam soluções rápidas, barganhando para atender parcialmente as necessidades de ambas as partes. No entanto, existe a possibilidade dos dois lados cederem em aspectos fundamentais, resultando em insatisfação futura.

  • Evitar o assunto:

“Melhor deixar a situação se acalmar.” Este estilo de solução opta por não abordar diretamente o conflito, adiando a resolução enquanto as partes se acalmam. É eficaz em questões de pouca importância, mas o problema está na intensificação da disputa não resolvida, culminando em incidentes mais graves. 

  • Ceder:

“Eu enxergo seu ponto de vista.” Este estilo prestativo prioriza o entendimento da visão da outra parte, muitas vezes cedendo em prol de manter relacionamentos e benefícios a longo prazo. Lideranças que cedem reconhecem erros, facilitam aprendizado e encorajam os outros a assumirem riscos, embora possam abrir mão de seus próprios interesses.

  • Colaborar:

“Quem sabe nós podemos trabalhar juntos.” Por sua vez, lideranças colaborativas buscam soluções mutuamente satisfatórias, explorando profundamente desacordos, compartilhando informações e incentivando a franqueza. Elas promovem criatividade, aprendizado e relacionamentos duradouros, exigindo habilidades de escuta, comunicação eficaz e empatia.

Ao navegar pelas águas turbulentas dos conflitos, lideranças habilidosas adaptam-se a esses estilos, escolhendo a abordagem mais adequada, dependendo da situação. Cada forma de gerenciar, com suas nuances, molda dinâmicas e influencia a trajetória de sucesso. Essa flexibilidade no manejo de impasses é essencial para gestões que buscam não apenas resolver disputas, mas também fortalecer relações e construir um ambiente resiliente e colaborativo.

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